Photobucket nando mendes: Os Muros virtuais; Relacionamentos semi-reais.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Os Muros virtuais; Relacionamentos semi-reais.

É verdade que “não precisamos de muitas coisas, apenas uns dos outros”. É verdade que “devemos amar as pessoas e usar as coisas”. É verdade que... Mas quem se importa com tudo isso?
O que importa é a tecnologia, a evolução humana, o progresso, a modernidade! Tais situações como as citadas a seguir, exemplificam um pouco de nossa realidade e é onde pretendo chegar com este texto.
- “Você tem uma lista de 10 números de telefone para falar com sua família de 3 pessoas”;
- “Você envia e-mail ou uma mensagem instantânea para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua”;
- “A razão porque você não fala há muito tempo com alguns de sua família é desconhecer seus endereços eletrônicos”.
- “Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras”.
- “Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o café”.
Viva a tecnologia! Viva a evolução humana! Viva o progresso! Viva a modernidade! ... nos tornamos melhores com tudo isso?
Particularmente não sou contra a evolução tecnológica, pois nos trouxe muitos benefícios como fazer compras sem sair de casa, pagar contas sem precisar pegar aquela fila no banco, etc... Este texto mesmo não se trata de recusa tecnológica. Trata-se de recusa aos mecanismos de absorção e controle diretamente vinculados à lógica do espetáculo integrado moderno.
O progresso é lícito, porem essa mesma tecnologia promoveu um impulso na forma do ser humano interagir com seus semelhantes. As relações humanas se tornaram cada vez mais virtuais, as redes de indivíduos separados e comunidades ausentes de realização entre os membros que a constituem (paradoxo maior do Orkut), se ampliam à medida que um maior dispêndio de tempo é dedicado pelo indivíduo inserido nessa lógica.
Com a chegada dessas inúmeras formas de se comunicar, acabamos matando o essencial: A tecnologia criou um muro relacional. Agora os encontros acontecem virtualmente, substituindo-se assim o “olho a olho”, “face a face”. REPITO, não se trata de recusa tecnológica, o que seria de mim se não existisse um Skype para me comunicar com amigos reais em lugares tão distantes deste planeta.
O maior influenciador da humanidade não tinha peito sarado, barriga de tanquinho... Não utilizava MSN para se comunicar. Não precisou participar de nenhuma rede informacional e imagética, simplesmente vivia e se importava com as pessoas no mundo em que vivia: o mundo REAL!!
Quem sou eu? Alguém tentando ser um pouco do maior homem que já pisou neste planeta. Aquele que abriu mão de tudo para poder servir a todos, aquele abaixou-se e lavou os pés dos que o seguiam. O amor verdadeiro é quando você não pensa apenas em si próprio, mas busca antes por os interesses dos outros em primeiro lugar.
“Quem não vive para servir, não serve para viver”. Vivamos o mundo real: menos imagem e mais ação!


Por Fernando Berlezzi
http://bpmack.blogspot.com/
berlezzi@hotmail.com

3 Comentários:

Blogger nando mendes disse...

Excelente texto do Berlezzi, um grande amigo e administrador. Os rumos interessam sempre a quem não está no mundo atoa.
Parabéns cara

26 de janeiro de 2008 às 07:35  
Blogger Unknown disse...

não te conheço cara a cara nem atraves das tecnologias... sei muito de vc atraves do fernando... e agora um pouco mais... com as ideias do texto... que por sinal ficou muito bom!
parabéns
e vamos agir mais!

29 de janeiro de 2008 às 17:50  
Blogger Berlezzi disse...

"Hoje tudo vai contra a comunicação entre seres humanos. Sou a favor da tecnologia, mas devemos humanizá-la". - Pedro Almodóvar (cineasta espanhol)

2 de fevereiro de 2008 às 11:22  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial